segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lixo gerado pelo Rock in Rio será 100% reciclado e as emissões serão neutralizadas

Está ai uma coisa legal de ser ver em um festival! Porém, vou ficar de olho para ver se isso vai ocorrer e ser divulgado em meios de comunicação... A intenção é excelente!

Internet
Há 20 anos, um dos eventos que entraria para a história do rock gerou espectativas e muita comoção, trazendo para o Rio de Janeiro bandas consagradas mundialmente. Em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, um público de aproxiamdamente 1,5 milhão de pessoas aprovou o modelo que virou referência em festivais.

Além das espectativas, o Rock in Rio gerou também milhares de toneladas de lixo e, pensando nisso, os organizadores do festival querem dar exemplo de como uma festa gigantesca pode entrar no ritmo da sustentabilidade e dar um fim adequado para o lixo durante e após o evento, como apresentou a vice-presidente do festival, Roberta Medina.


Apesar das dificuldades inerentes às ações inéditas, não faria sentido deixarmos de trabalhar por um desafio que já se tornou parte da mentalidade e do compromisso do festival. Estamos nos dedicando bastante e investindo mais de 200 mil reais para que as metas estipuladas sejam atingidas, disse Roberta Medina.

A primeira experiência do 100R foi em 2008, no Rock in Rio Lisboa, como iniciativa da Sociedade Ponto Verde de Portugal e será implantado no Brasil com o Rock in Rio, a partir de outubro e contará com a parceria da Comlurb para que o objetivo de reciclar 100% do lixo seja atingido.

A certificação do Rock in Rio pretende ser um marco na gestão ambiental dos resíduos, especialmente pela questão da reciclagem estar apenas no começo. Será um exemplo a seguir para a cidade do Rio de Janeiro,afirmou o Diretor Geral da Sociedade Ponto Verde, Luis Martins.

A companhia de limpeza do Rio garante estar preparada para trabalhar em conjunto e atingir a meta.

Durante o Rock in Rio a Comlurb ficará responsável não só pela limpeza das diversas áreas, como disponibilizará contêineres exclusivos para a coleta seletiva, onde o público poderá fazer o descarte correto dos materiais recicláveis. Com certeza nossos garis vão dar um show de eficiência, disse Angela Fonti, presidente da Comlurb.

INFRAESTRUTURA
O Rock in Rio disponibilizará contentores e sacos para a Comlurb e a Cooperativa Barracoop garantirem que, durante a montagem, o evento e a desmontagem, os resíduos recicláveis sejam separados dos não-recicláveis. Ao longo dos sete dias do Rock in Rio os resíduos orgânicos também serão separados.

Ao término do Rock in Rio, todos os 600 contentores disponibilizado para o lixo gerado pelo festival serão doados à Comlurb para serem alocados em UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

EMISSÕES
“Sempre tivemos uma preocupação social importante com o Rock in Rio, mas a partir de 2006 começamos a ser impactados pela questão ambiental. Até hoje já investimos 11 milhões de reais em diversos lugares do mundo, como uma floresta em Portugal com mais de 40 mil árvores e uma escola na Tanzânia. Agora, vimos que a experiência do 100R deu muito certo em Portugal e decidimos trazê-lo para a edição carioca. A expectativa é a de que o selo, a partir de outubro, já esteja em vigor no Brasil e possa ser utilizado em outras ocasiões”, afirmou Roberta Medina, presidente da empresa que organiza o festival.


Os meios para compensar o lançamento de gases de efeito estufa já foram decididos. O Rock in Rio vai comprar créditos de carbono da Sustainable Carbon, empresa especialista em substituição de combustível para indústrias. Eles serão obtidos através da troca de combustível fóssil usado em duas fábricas no Rio de Janeiro (Cerâmica Sul América, em Itaboraí, e Cerâmica GGP, em Três Rios) por biomassa renovável oriunda de resíduos de serragem, cavaco e madeiras de outras firmas. Ao todo, os recursos investidos nesse projeto devem girar em torno de 100 mil reais.

Parte do dinheiro obtido através da venda destes créditos será investida nas comunidades do entorno das cerâmicas, sob o monitoramento do padrão SOCIALCARBON, desenvolvido pelo Instituto Ecológica, de Palmas (TO). Esta certificação tem base em metodologia que mapeia o projeto de carbono de tempos em tempos, sempre com base em seis aspectos que regem a sustentabilidade: social, humano, financeiro, natural, tecnologia e carbono. Trata-se de algo desenvolvido especialmente para os países em desenvolvimento. 

Fontes: O reporter e O eco.

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